quarta-feira, 20 de maio de 2020

PROCESSO CONTRA LULA ARQUIVADO, LULA CHAMOU BOLSONARO DE MILICIANO


terça-feira, 12 de maio de 2020

Dia internacional da enfermagem com luta #lutecomoaenfermagem

*Com um boneco gigante do Presidente, manifestantes fazem ato contra Bolsonaro e por mais investimento em saúde, nesta terça em Brasília*

Na manhã desta terça-feira (12/05), servidores federais, da saúde e ativistas fazem ato simbólico, na Torre de TV de Brasília,
em solidariedade às famílias dos quase 12 mil mortos em decorrência da covid-19 no Brasil.

Os ativistas - que montaram um boneco inflável de 10 metros do Presidente da República - ainda manifestam repúdio ao comportamento de Jair Bolsonaro diante das milhares de mortes no país e contra o seu incentivo ao fim do isolamento social, na contramão das recomendações da OMS.

Os manifestantes exigem mais investimento na área da saúde, fila única dos leitos no SUS e valorização dos profissionais de saúde do país.
O inconformismo dos profissionais da enfermagem tem muitas razões, também, entre elas a de que 38% dos casos de mortes de profissionais da enfermagem no mundo (260) ocorreram no Brasil. 98 enfermeir@s, sendo 67 % mulheres.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

O SARS-CoV-2 - VÍRUS CAUSADOR DA CONIV-2019 (CORONAVÍRUS) - É OUTRO NO DF E MANAUS EM RELAÇÃO AO DE SÃO PAULO?


            Esta ilustração, criada nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, dirigido pelo Dr. Anthony Fauci,  revela a morfologia ultra-estrutural exibida pelos coronavírus. Observe os picos que adornam a superfície externa do vírus, que conferem a aparência de uma coroa ao redor do virion, quando vistos eletronicamente por microscopia. Um novo coronavírus, denominado Síndrome Respiratório Agudo Grave 2 (SARS-CoV-2), foi identificado como a causa de um surto de doença respiratória detectada pela primeira vez em Wuhan, China em 2019, o que não quer dizer que originada inicialmente lá. A doença causada por esse vírus foi denominada doença de coronavírus 2019 (COVID-19).
            O coronavírus vem sofrendo mutações e sua estrutura tem alterado. A propósito, a Universidade de Tirana, Albânia, chegou a esta imagem abaixo do SARS-CoV-2, que acarreta a doença denominada Covid-19. Destacam os cientistas, tanto albaneses, norte-americanos e ingleses, que estas mutações não são só na imagem, mas para alguns também na essência dos próprios vírus, que poderão tornar a doença mais grave, mais infecciosa e os vírus mais resistentes a tratamentos, inclusive poderá modificar os percentuais de pessoas imunes ao vírus. 


A Universidade de Tirana desenvolveu esta imagem 
 a partir de modelo 3-D do SARS-CoV-2 após mutações.

            Cabe destacar que o geneticista Francois Balloux, da Universidade de Londres, em entrevista à CNN,  declarou que não há evidências de que o vírus esteja se tornando mais aversivo e que este vírus já sofreu cerca de 30 mutações desde seu início.

             Mas, há uma série de conclusões dos cientistas, no sentido de que descobertas de vacina e de formas de tratamento mais eficazes podem se tornar mais difíceis de ser conquistados com estas mutações. 
Drª Lane Warnbrod (foto no Twitter)
            Mas, como declarou, o Drª Lane Warmbrod, da John Hopkins Center for Health Security, os estudos das mutações facilita a descoberta de medicamentos e de vacinas, pois tais mutações precisam ser acompanhadas para que não haja descompasso entre as propostas e o efetivo desenvolvimento do combate ao Sars-Cov-2. 
Bette Korber (foto do Twitter)
            Chama a atenção um trabalho desenvolvido por Bette Korber e outros, do Laboratório Nacional Los Alamos, que rastrearam as mutações do Sars-CoV-2 no mundo, sendo que - no entender deles - houve maior taxa de progressão deste vírus após a mutação D614G. Conclui que a mutação Spike D614G é uma preocupação urgente; começou a se espalhar pela Europa no início de fevereiro, e quando introduzido em novas regiões, rapidamente se torna a forma dominante e mais contagiante
            O Dr. Trevor Bedford, da University of Washington e do Bedford Lab,  que desde 6 de janeiro de 2020, rastreia também com uso inclusive de técnicas computacionais, o Sars-CoV-2, se coloca contra esta conclusão, pois diz não pode ser 
Dr.Trevor Bedford
definitiva, mesmo havendo pequenas evidências neste sentido. Ele notou que as curvas de forma progressão dos contágios
 se assemelham, não se mostrando uma mais contagiosa do que a outra.
                 Ao exibir o mapa dos contagiados, mostra que tanto a mutação D614G, como G614G atingiram o Brasil, e outros países, como EUA, Canadá e Austrália. Mas, a nós do Agitamos, chamou a atenção, o fato de que a resultante de mutação D614G é predominante no DF e Manaus (mais próxima ao padrão ocorrido na China),  já, em São Paulo, predomina a mutação G614G, mais próxima ao europeu.     


Parte do mapa apresentado pelo Dr. Trevor Bedford.

              Em matéria do jornalista especializado em saúde,  Ed Yono, da Revista Atlantic, afirma-se que o estudo de Bette Korber e outros, é tratado com respeito, por vir de uma equipe reconhecida e apresentar dados de interesse da ciência. O que não impede os cientistas divergirem, dado que não é conclusivo e as evidências ainda não são convincentes de que o Sars-CoV-2 na sequência mutante G é mais contagiante. Além disto, a integrante da pesquisa de Los Alamos, Lisa Graslinki, da California University, afirma que os integrantes daquela equipe não estão convencidos e concordes de que há diferentes cepas de coronavírus.
            Diversos  cientistas concluem que cepa genética do Sars-CoV-2 é única, tal ponto de vista foi colhido, em manifestações diversas de Brian Wasik (Cornell University), Nathan Grubaugh (Yale School of Medicine), Charlotte Houldcroft (Cambridge University), em entrevistas isoladas e a seu tempo. Entendem se tratar de sequência natural de mutações ocorridas como previsto, sem alterar a cepa.
            Quanto às sequências, há estudos que apontam para duas, três ou até oito estirpes. E, há quem diga que o estudo de Los Alamos é uma confusão, perante mutações normais e previsíveis, inclusive em rítmo dez vezes menores que o da Influenza, que a cada ano demanda adaptações na vacina da gripe.
            E, Dr. Grubaugh, que - no momento -  acha prioritário se dedicar a medicamentos e à vacina, afirma que a sequência de mutações  do Sars-CoV-2 são normais. Mas, ainda, que fosse veraz a afirmação de maior disseminação da mutação G, era necessário aprofundar para se constatar a transmissibilidade por qual motivo: adesão às células mais rapidamente, crescimento mais ligeiro ou espalha mais facilmente?   
             Por fim, o Dr. Trevor Bedford, apresenta mapas, em twitter do dia 5 de maio de 2020, ao abordar o trabalho apresentado por Bette Korber et al (https://biorxiv.org/content/10.1101/2020.04.29.069054v1) de que a mutação na proteína spike D614G causa um aumento na transmissibilidade do vírus SARS-CoV-2, declarou achar essa hipótese plausível, mas longe de ser comprovada. E conclui que o diferencial não é só atingir o spike da proteína (como consta no estudo abordado), na mutação de D para G, mas a mutação essencial é aquela que ocorre no genoma, portanto,  (cita: (https://en.wikipedia.org/wiki/Genetic_code#Degeneracy). E minimiza as diferenças (efeito) entre a sequência de mutação de D614G para a G614G.
             O artigo de Ed Yono alude a mutações possíveis e  que pode resultar em alteração 1) na facilidade com que o vírus se espalha (transmissibilidade); 2) na sua capacidade de causar doenças (virulência), 3) no seu reconhecimento no sistema imunológico (antigenicidade) e 4) na vulnerabilidade aos medicamentos (resistência). No caso do Sars-CoV-2, nenhuma destas alterações foi ainda comprovada de forma consensual na comunidade científica, mas de que há sequências de mutações, que - para a grande maioria dos cientistas - são normais.
             Enquanto o estudo de Los Alamos recebe críticas, a  coordenadora, Bette Korber, se recusa a dar entrevistas, certamente, sua equipe aprofunda estudos que poderão levar a novas conclusões ou comprovar as anteriores. 
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FIGURA DO VÍRUS DA INFLUENZA



            Criada em 2009, esta ilustração fornece uma representação gráfica em 3D da ultraestrutura de um vírus da influenza genérico e não é específica para um vírus H1N1 sazonal, aviário ou 2009.
IMAGENS DISPONIBILIZADAS E OBTIDAS NO SITE DOCDC